4.9.17
Bons voos via Super Petrel
Sou
casada com um homem que ama voar. Ele iniciou sua experiencia aérea com aviões
planadores no sul da França, mas precisou abandonar seu hobby depois que nos
casamos, pois nossa rotina familiar não o permitia. Como uma esposa companheira
e também esportista, o incentivei a voar de paraglider, um tipo de equipamento
mais barato e flexível. Fizemos juntos um curso e voávamos pelos Alpes da
Europa. Fiz meu batismo aqui na praia de Barequeçaba, ao lado de casa. Pela
primeira voei sozinha, comandando minhas próprias asas, desde o morro de Barequeçaba
até Guaecá. Foi uma experiência única e fantástica.
Depois
de oito anos vivendo na Europa, nosso destino nos levou a um país onde não
temos tanta liberdade. Mudamos para a Arábia Saudita, onde meu marido foi
trabalhar e tivemos que abdicar dessa sensação prazerosa de voar. Por restrições
militares e por segurança, a companhia de trabalho dele nos proíbe voar.
Meu
grande piloto deu duro, se esforçou ao máximo, trabalhando arduamente em um
regime oriental no deserto da Arábia Saudita. Graças a Deus, ele foi sempre
respeitado por sua competência e profissionalismo. Voou por muito tempo apenas
em um simulador de voo (Flight Simulator) para não perder a prática. Percebendo
sua paixão por voar, decidi concordar com seu desejo de comprar um equipamento
que lhe trouxesse de volta o prazer de voar, desta vez nos ares da nossa querida
pátria amada.
Há
dois anos ele adquiriu um Super Petrel, um hidroavião fabricado no Brasil, pela
Scoda Aeronáutica (em Ipeúna, no interior de São Paulo), que já é considerado
um êxito mundial por sua autonomia e praticidade.
Trechos do nosso Vale do Paraíba
O hidroavião fica em um hangar no interior de
São Paulo. Este é um trecho do trajeto que meu marido precisa voar até chegar ao
nosso litoral na praia de Barequeçaba, nossa predileta em São Sebastião.
Ilhabela
já está bem explorada pelo turismo, mas ainda assim há muitas praias
primitivas, de difícil acesso, belíssimas cachoeiras, com vegetação exuberante,
vilarejos de caiçaras e um mar de cor celestial, que nos remete ao Caribe. Aliás,
não deixa nada a desejar!
Voando desde Ilhabela à Ilha Grande observamos
muitas ilhas, ilhotas, casarios de caiçaras, mansões à beira mar, procissões de
barcos pesqueiros e muitos cantinhos primitivos onde ainda pretendemos um dia “amerissar”,
ou seja, pousar o hidroavião na água.
Em
uma região totalmente praiana, claro que as delícias que prevalecem são os
frutos do mar. Este é o casadinho, prato típico de farofa de camarão do
restaurante Dona Ondina, em Paraty.
Voamos
literalmente sobre o Bonete, que há 15 anos visitamos juntos, normalmente por
trilha. Desta vez tivemos a honra de amerissar um hidroavião por lá, para a
alegria e curiosidade dos boneteiros, que pela primeira vez visualizaram este
tipo de transporte.
Estar
acima de nuvens douradas é uma sensação única, sem explicação. Meu coração se
acalenta com o silêncio e paz...
A
cada praia descoberta, sentir a espessura da areia na mão me confirma que se
cada grão é único, quem somos nós para questionar tamanha beleza deste paraíso.
Somos apenas seres do nosso criador maior, do Ser Divino, que criou este mundo tão
especial para nós. Sejamos gratos sempre. A natureza é encantadora. Que
possamos evoluir para melhor respeitá-la. Quero ser um grão de areia grossa,
porém dourada...
Neste
post procurei mostrar um pouquinho desta bela região através do voo no avião anfíbio,
o hidroavião. Nos próximos vamos realmente emergir no azul anil de cada uma
destas praias.
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Lindos Momentos Únicos 🧡
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