1.5.12

Dubai



De passagem pelo Oriente, acompanhando o marido que está a trabalho no projeto de uma refinaria de petróleo em Sandlândia, não poderia deixar de visitar os países taxados como “exóticos” para muitos. Ao conversar com amigas, todas me perguntavam se vivia por lá, ou se já tinha conhecido a cidade. Vivemos em um cidade cujo nome se assemelha a Dubai, mas é uma cidade da Sandlândia e não nos Emirados, como Dubai.

Como sempre tentamos fazer para comemorar nossos aniversários, eu e o maridão viajamos para Dubai para comemorar seus 50 anos.

Nosso filhote Enzo, ficou na casa de um amiguinho francês. E lá fomos nós rumo à luxuosa Dubai. Tínhamos programado uma viagem simples, nada ostentador, o que fica difícil quando se fala de Dubai.

Adoramos visitar o lado velho das cidades, conhecer a cultura original e as tradições, o que não se divulga muito no turismo de Dubai. Fizemos nosso roteiro aleatório e deixamos rolar.

Depois de um voo tranquilo, de 1 hora e meia, chegamos ao nosso hotel de metrô. Adoramos este meio de locomoção, e o de Dubai é maravilhoso, limpíssimo e elegante.

Infelizmente o Hotel não era grandes coisas, contradizendo os outros maravilhosos que visitamos, mas para dormir e banhar-se estava ótimo. Não fomos em busca de requinte na hospedagem e sim de ver o que a cidade oferecia.

De cara fomos conhecer o gigante Burj Khalifa, o edifício mais alto do mundo, com 828 metros e 164 andares. Curti muito o visual bombástico e o luxuoso shopping Dubai Mall, o maior do mundo, com 1.200 lojas. De lá ganhei meu bracelete de 3 ouros, que meu querido me presenteou quando visitávamos o Gold Souk, um lugar belíssimo.

No final da tarde, meu marido que esta amando fotografar, resolveu curtir a hora dourada e fez lindas fotos, inclusive da dança das águas nas fontes, ao redor destes lugares que mencionei. Um lugar encantador, com vários restaurantes e lojas de artigos orientais.

Escutar Andrea Bocelli curtindo a iluminação nas fontes de águas cristalinas, com uma atmosfera acolhedora, foi uns dos melhores momentos em Dubai. Claro que saímos dali e fomos jantar no Mango Tree, para degustar o melhor vinho dentro da própria adega, sofisticadíssima. Me fez recordar a Sandlândia, onde vivo sob a lei seca, sem bebida alcoólica, no entanto por horas fiquei viajando naquele mundo exótico e degustativo.Tudo de bom o restaurante Mango tree. Mas é preciso fazer reservas.

Exploramos o Dubai velho, com suas ruas estreitas, seus trabalhadores com caras cansadas, o porto que retrata o velho tempo, e mostra a simplicidade dos marítimos. A maneira bizarra de se encher um barco de transporte, sem aqueles guinchos enormes das marinas modernas. Foi muito bom sentir e presenciar esta atmosfera mais real da cidade. Enquanto muitos correm atrás da tecnologia para levantar prédios impressionantes, existem ao lado pessoas levantando sacos, latões e muito mais coisas, com seus braços firmes e suas cabeças erguidas, cobertas pela fé.

Foi interessante, mas ao mesmo tempo é triste perceber estas discrepâncias sociais. Às vezes me dói a barriga por aqui, quando me lembro de tantos miseráveis na Índia, Etiópia e até mesmo no Brasil. Como seria bom se o queijo fosse melhor repartido.

Visitando o velho Dubai, não poderia deixar de fazer minhas comprinhas, mas desta vez me dei mal. Íamos fazer uma caminhada ao redor do Creek, canal que divide a cidade, porém eu tinha comprado simplesmente 8 trajes para dança do ventre. Sempre penso em presentear a família ou amigas, só que estas roupas, com tantos penduricalhos, pesavam muito, fiquei exausta por carregá-las. Prometi nunca mais ficar fazendo comprinhas para levar ao Brasil, mas sei que esta é uma promessa difícil de cumprir. Por onde ando libero meu lado Mamãe-Noel e não poupo minhas economias com souvenires que normalmente me rendem malas e excesso de bagagens nas viagens ao Brasil.

Animados em explorar a cidade a pé, paramos no Museu Islâmico da Escrita, no Museu de Arquitetura e num restaurante típico e popular, que fugia daquele glamour que sempre vemos nas publicidades sobre Dubai. Foi ótimo, e nos transportou à cenas de cinema, com uma atmosfera tão exótica e original.





Foi uma viagem inesquecível e o aniversário do meu companheiro de vida foi muito bem comemorado.
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