29.2.12

Festa de 50 anos do maridão

Como boa festeira que sou, sempre organizando festinhas para os amigos, família, colegas, enfim, para quase todo mundo, não poderia deixar de organizar algo para meu querido companheiro, nos seus 50 anos de vida, muito bem vividos, diga-se de passagem. Apesar das limitaçães, como por exemplo, a ausência da família e dos amigos dos velhos tempos, a impossibilidade de brindar com champanhe ou com uma caipirinha, bebida favorita dele, e de outras facilidades que encontramos no mundo ocidental, deu certo. Objetivei e fui atrás de coisas para alegrar uma galera de expatriados aqui na Sandlândia e celebrar o cinquentão do Joris.  

 

Comprei tecidos lindos e fiz uma decoração dourada, como seus 50 anos. Obtive ajuda das amigas latinas para elaborar os quitutes. Fizemos um buffet sortido de culinária latina, europeia e oriental. Foi satisfação total, não sobrou nada. Fiz um painel de fotos gigante, desde seu nascimento até hoje, que o surpreendeu muito, pois sou zero em coisas técnicas no computador. Encontrei uma amiga espanhola que topou ser a dj da festa e animou a galera das 7 da noite a 1 da manhã. Tudo isso sem drinks alcoólicos. 



No final, o contentamento de ver os olhos do Joris brilharem de alegria e a satisfação em celebrar seus 50 anos num lugar distante, trabalhando num projeto importante, mas rodeado de novos amigos, valeu a pena. 

Os franceses, venezuelanos, brasileiras e até os sandlaneses com certeza não esquecerão de um tal dia 22 de fevereiro em Sandlândia, que teve até carnaval brasileiro, em comemoração das bodas do belga. 



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22.2.12

Aulas de culinaria

O fascínio pela culinária me acompanha desde meus 8 anos, quando acompanhava minha mãe na cozinha.

Minha batalhadora mama, junto com minha falecida tia, tinham uma cantina de escola. Além de ajudá-las a fazer as deliciosas guloseimas, bolos, pasteis e tortas que nutriam o lanche da molecada no intervalo da escola, eu também trabalhava na cantina. Ajudava a vender os produtos e não me lembro de ter tido na fase escolar um recreio completo. Estava sempre a servir meus colegas, professores e a criançada que nos deixava louca para comprar um pedaço de bolo de cenoura com chocolate, um farto pedaço de torta de coco, um cachorro-quente com molho de tomates fresquinhos acompanhados pelo famoso guaraná e a Fanta Uva, bebidas que refrescavam a garotada.

Deixando esta nostálgica época escolar de lado, retorno a cozinha da minha mama. Ai que cheirinho gostoso exalava! Quando ela preparava o peixe fresquinho que meu pai trazia de sua pescaria de cada dia. A sirizada carregava o ar de um odor adorável de mar e coentro que me persegue até hoje.

Já me arrisquei, aqui do outro lado daquele mundinho em que vivi felizmente com meus pais, a tentar sentir o mesmo cheiro, comprando siris do Golfo Pérsico e os refogando com muito coentro. Até que não ficou mal minha sirizada, foi bem degustado por muitos que a adoraram, mas ainda faltou aquele toque especial que só sabe dar minha querida mama Laurita.

Sempre saudadosa da nossa culinária, dos nossos condimentos e pratos típicos, por onde passo organizo e participo de aulas de culinária. Às vezes somente organizo encontros para degustação.

Procuro sempre deixar um pouquinho da nossa cultura em todo país por onde vivo. Me encanta esta troca de culturas.

Na Bélgica organizei classes num clube de culinária só para homens. Foi umas das experiências mais bizarras que tive com este tipo de evento. Em nosso país os homens não têm o hábito de ir para cozinha, embora este comportamento já esteja mudando ultimamente.



Amei ser observada com disciplina e interesse por 30 homens que não falavam meu idioma e que tinham interesse em saborear nossos pratos típicos, em aguçar o paladar para algo que nos fazia ultrapassar os clichês e ser mais do que futebol, mulheres de bundas bonitas e samba.

 

Neste dia, depois de começar o curso com a preparação do nosso aperitivo predileto, a caipirinha, degustaram e respeitaram o simples, mas agradável sabor da nossa culinária.

Além de vários encontros, não só com alunos homens, participei também de um livro de culinária editado na cidade em que morávamos, com uma receita de camarão na moranga, típico da região em que nasci, no litoral norte paulista.








Na Espanha, levei nossa culinária ao encontro multicultural da escola internacional do meu filho. Junto a outros brasileiros, apresentamos nossa deliciosa picanha, foi a barraca mais frequentada da festa. 

Participei de um curso da cozinha tailandesa, com uma turma de amigas muito lindas e agradáveis.





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