30.4.13

Nordeste do Brasil: Fortaleza com amigas queridas

Aterrizei na pátria amada Brasil em junho 2012. Resolvi mudar o rumo para mudar de ares e recarregar as baterias. 

Sempre saio de férias com o desejo de sugar todo calor humano do nosso povo, aproveitar culinária maravilhosa, ouvir boa música e curtir a alegria que só o brasileiro emana... 

Adoro viajar com meu marido, mas desta vez, impossibilitado pelo trabalho, ele me deu alvará para voar até o maravilhoso nordeste brasileiro, onde eu encontrei tudo para carregar a minha bateria que estava tão fraquinha e desgastada no Oriente. 

Sempre que estou no Brasil, procuro conhecer um pouquinho mais da nossa rica cultura. Quando morei na Bélgica, convivi com muitos brasileiros e, por curiosidade, a maioria eram nordestinos. Tenho grandes amigas deste cantinho do nosso país, e todas me passavam uma linda impressão dos lugares e da cultura nordestina. Encaixei em minhas prioridades como turista no Brasil, descobrir um pouco mais da terra dos ventos e das secas. 

Pena que as férias no Brasil sejam sempre curtas, falta tempo para poder visitar a grande família e nosso lindo e imenso país. 

Saí de São Sebastião, minha cidade natal no Sudeste, e segui com duas amigas para o Nordeste. Fortaleza foi nossa primeira parada, onde deixamos nossas gargalhadas nos shows humorísticos, nossa gula nos deliciosos restaurantes, nossa ginga no show da Ivete Sangalo e Jennifer Lopez e nosso agradecimento aos simpáticos cearenses. 

Seguindo a dica de uma amiga que encontramos por lá, resolvemos esticar um pouco pelo litoral até Jericoacoara, um pedacinho do paraíso no Ceará.

Com minhas queridas amigas


Culinária de dar água na boca, e sempre querer mais...

Passeios pelo Atlântico com barcos animados ao som da música do Brasil


Impossível não se divertir com uma amiga tão alto astral como esta: 24 horas sintonizada na alegria!

No restaurante Arre égua, curtimos samba de raiz com um grupo cearense que nos levou ao delírio. Nos sentimos as donas da festa, num simples almoço de segunda-feira. Comemoramos o aniversário da amiga Annie Mello.


Este foi o polvo mais delicioso que já comi na vida. Foi num restaurante bem simples em Jericoacoara,restaurante da Nena, um cantinho especial .

 Lindas dunas rodeiam a costa do nordeste brasileiro


A harmonia do trio favoreceu: foram 5 dias de êxtase e ficamos com desejo de voltar. Curtindo as dunas, as paisagens magníficas, a beleza natural, o por do sol penetrante e a descontração do povo em geral, nos banhamos de alegria e de contentamento. Cada minuto valeu a pena!
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4.4.13

Curiosidades da vida em Sandlândia (1)

Outro dia cheguei em casa meio abobalhada. Levei um tombo de bicicleta, no trajeto que sempre faço, quando vou para o Rec Center, lugar onde nos encontramos para fazer atividades, como fitness, ioga e dança. Aí também comemos, há um restaurante e um spa. 

Estava toda relaxada depois da minha aula de flamenco. Resolvi acompanhar a professora e degustar o menu: uma sopa e uma linda salada. Conversamos sobre a vida e as atividades das expatriadas por aqui. Falamos da ansiedade por não sabermos onde estaríamos depois desta experiência aqui em Sandlândia. Por fim, satisfeita, com a barriguinha cheia e precisando de uma “siesta”, me despedi. 


Subi em minha bicicleta holandesa, que todas adoram, pois não existem muitas bicicletas por aqui. Coloquei meus apetrechos na cestinha e me dirigi à rampa que me levaria ao caminho de casa. Como se levasse um empurrão de alguém que gostaria de me jogar no chão, senti, em uma fração de segundos, a sensação de estar sendo protegida, se não por mim mesma, por meus reflexos e cai sobre uma moita de cravos amarelos. As flores foram esmigalhadas por meus quilinhos extras e impregnara, meu nariz que beijou o gramado. Minhas roupas ficaram com aquele cheiro que sempre me lembra um velório. Sai desse corpo que este corpo não te pertence, foi o que disse quando me levantei e vi minha bicicleta com alguns raios quebrados e toda torta no chão. 

O indiano que trabalha na recepção veio ao meu encontro e se propôs a me ajudar, depois de me advertir que não deveria descer a rampa em bicicleta. Desviei o assunto e o agradeci, subi na bicicleta desentortada por ele e segui pedalando, admirando o belo jardim do condomínio, com os pensamentos voltados ao “se”: se tivesse me quebrado, se tivesse caído no concreto em vez do gramado, se tivesse sido mais cautelosa, se realmente usasse a bike como uma senhora e não mais como uma adolescente, se, se, se... 

Esquentando meu travesseiro à noite, só podia agradecer a Deus por ter passado o susto, e não ter me machucado muito, só foram alguns arranhões nas pernas e uma batida no nariz. Senti que meu anjo da guarda às vezes dá um cochilo também, mas se escuta umas palavras minhas, me atende e não me deixa na mão. 


A moita de cravos já estará replantada, pelas mãos dos dedicados jardineiros indianos que trabalham por um mínimo salario, aqui na terra dos sheiks. Minha nova rotina incluirá estar mais atenta aos meus próprios movimentos e respeitar a dinâmica do meu corpito que já está nos “enta” Tenho muita agilidade, mas também as limitações de uma “entona”! 


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