18.5.10

Festas beneficentes

 


Adoro festas e também gosto muito de organizá-las. Muitos amigos me dizem que deveria fazê-las de forma profissional. Sim, poderia ser, quem sabe um dia… 

Como já contei em outro post, em 2006 organizei uma festa beneficente para mais de 300 pessoas no hospital psiquiátrico em que trabalhava na Bélgica. O tema era “brasileiros na Bélgica”. O dinheiro arrecadado foi doado para uma instituição de São Sebastião, minha cidade natal, em São Paulo. 

Neste dia  também comemorei meus 40 anos. Foi uma linda festa, com direito a caipirinha, salgadinhos típicos do Brasil, camarão na moranga e um espetáculo com mulatas e música brasileira. Foi um sucesso e se podia ver a alegria nas carinhas e nos pés dos belgas que ensaiavam com as mulatas alguns passos de samba. Realmente nossa cultura é muito bem-vinda para os europeus. 

Podemos aprender muito com eles, mas também podemos transmitir muito sobre nossas riquezas culturais. 




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14.4.10

Dias infinitos


Esta é minha irmã de alma, a querida amiga Denise Marici Oltramari Tasca. Quando a conheci, ainda não tinha adquirido o sobrenome Tasca. Era uma mocinha meiga, com olhar de quem tinha o mundo a conquistar, e o conquistou.

Denise é uma daquelas parceiras que gostaria ter ao meu lado ao menos uma vez ao dia. Que delícia é poder escutar seus comentários, suas sábias palavras, suas histórias e seus sonhos.

Ela veio do sul do Brasil para São Paulo, com o sonho de tornar-se doutora em direito. Nesta época nos conhecemos. Deu duro, ralou, dividiu ovo frito comigo, morou em pensionato, sentiu a ausência da família, conquistou corações, mas se apaixonou mesmo pela meta de “vencer na vida”.

Com muita luta conclui a universidade e retornou a seu ninho no Paraná. Deixou, e ainda deixa, saudades. Reconquistou seu espaço, tornou-se mãe e profossional, mas nunca deixou de ser amiga.

Reencontrei esta amada amiga apenas uma vez, depois de nosso período universitário. Ela me visitou com sua linda irmã em São Sebastião. Nosso grande e especial reencontro foi na França em 2009, quando pela primeira vez ela me deu o prazer de ser sua companheira de viagem pela Europa. Nossa viagem foi só alegria. França, Holanda, Bélgica e Suécia foram pequenas para nossa grande sede de viver e explorar outras culturas. Até no dia mais triste encontrávamos motivos para rir

São tantas experiencias ricas e agradáveis que vivemos juntas, que um dia voltarei aqui para contá-las. Que saudades amiga. Sua energia e sinceridade me fazem evoluir em todos os sentidos. Você é, e será sempre, minha irmãzinha querida e esperada.
Apareça quando quiser, já sonho com nossas aventuras...

No blog da amiga Denise, há várias fotos e histórias da sua visita a minha casa em 2009.

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10.2.10

Normandia & Bretanha


Em 2003 me casei e nossa lua de mel foi na costa norte francesa. É uma região muito bonita e conheci várias cidades próximas. 

Em Mont Saint-Michel realizamos nosso casamento espiritual. A luz divina nos abençoou e invadiu nossos corações pelos vitrais da capela do monastério. Jamais esquecerei aquela luz, é a luz que ilumina nosso relacionamento desde o início. Já conhecíamos as diferenças e as dificuldades que geram os conflitos entre as culturas, mas estas diferenças lapidadas com amor e iluminadas pela bênção do Senhor, se transformam numa abençoada e divina união de amor.

 Criações de ostras em Cancale, adoramos...

Chateau  Le Val


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7.2.10

Trabalho no Hospital Psiquiátrico Caritas


Entre 2004 e 2007 trabalhei voluntariamente no Hospital Psiquiátrico da Caritas belga com pacientes sem recuperação. Eram trabalhos com arteterapia, principalmente com pintura. 

Era a única estrangeira trabalhando no hospital, já que eram muito rigorosos na escolha dos profissionais que atuavam. Este aspecto me deixava feliz e orgulhosa por poder ajudar. 

O trabalho era voluntário, mas recebia ajuda de custo. Trabalhei durante 3 anos e recebi uma proposta de contratação como auxiliar do departamento de psicologia. Quando isto aconteceu, eu já estava dominando o idioma Holandês, mas infelizmente estava mudando de cidade. Mudamos de Melle para Temse, perto de Antuérpia, onde Joris trabalhava. Isso facilitou o seu dia a dia, pois normalmente ele ficava horas em engarrafamentos na estrada para chegar ao trabalho. 

Como sou festeira, organizei uma festa brasileira beneficente no salão de festas do hospital, que era gigantesco. Os convidados eram funcionários do hospital e alguns amigos meus, pois comemorei neste dia também os meus quarenta anos. 

Foi uma festa maravilhosa, mais ainda porque arrecadamos um dinheirinho para uma instituição da minha terra natal que trabalha com crianças carentes.


Pela deficiência psicomotora, limitei me a ensina las algo  simples, mas que refletisse algo que lhes refletiam um  bem estar.

As flores, estão sempre presentes
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1.2.10

Tempse

 

Foi uma experiência positiva viver na cidade de Temse, próxima a Antuérpia, onde meu marido trabalhava em 2004. 

Temse é uma cidade à beira do rio Schelde, muito tranquila, mas com muito caráter.

Vários eventos culturais, valorização de cada paisagem de seu povo que ama a bicicleta e deslizam todos os dias com sol ou neve nas divinas ciclovias. Temse esconde “boederes”, fazendinhas autênticas e charmosas, que sempre apresentam um cantinho para a venda de produtos fresquinhos e deliciosos.

Próximo a nossa casa adorava comprar abóboras, aspargos, leite fresquinho e doces caseiros que faziam meus homens se deliciarem num simples dia cinzento flamenco.

Apesar de ter encontrado em Temse pessoas muito simpáticas, pude observar o comportamento um tanto mais reservado dos habitantes. Como em outros lugares em que vive, sempre organizo um drink para dar a mim mesma as boas-vindas, para curtir nosso novo lar. Convidei os novos vizinhos a uma caipirinha e um bate-papo. Eles, muito educados aceitaram o convite, interagiram de forma gostosa em nossa tarde de domingo e bebericaram com gosto a caipirinha. Durante este encontro confessaram que estavam contentes por uma sul-americana ser a mais nova moradora da rua e que com sua maneira descontraída aproximou os vizinhos que se conheciam apenas de vista há algumas décadas e nunca tinham dividido uma tarde juntos. 

Impossível para uma brasileira como eu, que necessita do calor humano, viver sem a companhia das pessoas.

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