4.11.11

Qatar-Doha


Temos um feriado longo aqui na Sandlândia. Uma semana onde os muçulmanos celebram o Eld. Todas as empresas praticamente param, e por isso resolvemos aproveitar para sair um pouquinho e conhecer os países vizinhos. Começaremos por Qatar, para fazer safari no deserto e navegar em barcos tradicionais.

Na foto acima, o Museu Islâmico. 


 Foto tirada no porto de Qatar, ao fundo a cidade moderna. 



Cenário comum na cidade, homens bebendo chá em pleno horário comercial, não sei qual será o horário de trabalho.



Objeto muito valorizado na cultura. Pude ver algumas lindas, bem trabalhadas artesanalmente.


Já que elas não podem mostrar a pele, as grifes mais famosas são apresentadas nas bolsas que elas exibem com orgulho.



Hotel Intercon, com prainha especial para crianças. 



Vocês podem estar se perguntando, qual delas é minha esposa?


Visão desde o barco.



Museu Islâmico, à noite. 



Amamos o safari no deserto, com aventuras mesmo e lindas paisagens. 



Escultura na rua de Katara, centro cultural. 



Limitação nas roupas, mas sempre tentando chegar perto de um prazer...



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31.10.11

Esportes!

Aos longos destes 4.4 anos de vida sinto-me feliz por ter tido a oportunidade de nascer numa família que adora esportes. Recordo-me que desde criança ia para os jogos de futebol do time que meu pai dirigia e no qual meu irmão jogava. Aos 8 anos comecei na natação. Fui atleta federada e representava minha cidade em campeonatos na capital. Treinava no clube da Petrobras de São Sebastião, o Tebar, e por lá passei minha juventude.

Aos 13 iniciei no Volleybol, conciliando os treinos dos dois esportes e a escola. Me destaquei e era conhecida como Lela paralela. Tinha braços longos e estatura esguia para minha faixa etária, isso me permitia cravar nos 3 e na paralela da quadra. Que época maravilhosa e saudável.



Com o decorrer do tempo, tive que assumir mais profundamente os estudos e a batalha para poder pagá-los, já que precisei trabalhar desde muito jovem. Assim me fui afastando dos treinos, mas nunca por completo. Sempre que tinha oportunidade jogava nos torneios de praia, aos fins de semana e depois do curso universitário ingressei no time veterano da minha cidade. Talvez precocemente, mas era lá que me sentia a vontade para me soltar em quadra e relaxar a mente, sempre cansada com a batalha do dia-a-dia dos estudos e do trabalho.

O frescobol foi, e ainda, é um esporte alternativo que adoro, uma atividade que não me exige treino e só me traz contentamento e dor no bumbum, resultado dos agachamentos necessários para se ter uma boa sintonia com o parceiro e a bola. Também me permite pegar um bronzeado em dia de sol. Em conjunto com o frescobol, me liguei ao surf. Graças a uma amiga querida, Regina Santos, a Nininha, pioneira do bodyboard em nossa cidade São Sebastião. Treinávamos muito nas ondas de Guaecá e Maresias. Fomos patrocinadas por grandes empresas de surfwears, participamos de campeonatos em outros estados, principalmente no sul do país, e mantínhamos nosso corpo saudável e elegante, com muito prazer.

Para minha formação de psicóloga do esporte, ingressei no mergulho livre. Necessitava conhecê-lo melhor para entender as fobias e pânicos que o atleta pode vivenciar embaixo da água. Foi um esporte inesquecível, uma experiência única que realizava na Ilhabela, hoje em dia famosa por esporte náuticos. Com o início da carreira profissional não sobrou mais tempo para desfrutar do esporte que ainda pretendo reativar em minha vida.

Casando-me com um marido esportista e naturalista, não podia deixar de lado a prática esportiva, apesar dos esportes preferidos de meu amado serem bem diferentes dos de meu agrado, mas lá fui eu ter contato com o ar, tirar os pés do chão e voar de paraglider. Fiz o curso com um instrutor muito competente e decolei pela primeira vez no Morro do Guaecá, a praia onde década atrás eu deslizava nas ondas, fui experimentá-lo do alto. Foi mágico, e me deu uma sensação de inteireza e capacidade, mas não era o que eu levaria pela frente como esporte. Acompanhei meu marido que se tornou atleta fiel ao voo livre. Estivemos em montanhas gigantescas na França, Alemanha, Suiça e até mesmo no Brasil, mas o acompanhei apenas com minha máquina fotográfica, registrando os momentos de prazer e contemplação do meu marido que é apaixonado por este esporte.

Como na Bélgica, onde vivemos por 8 anos, não existe montanhas que favoreçam a prática do esporte, a maior acho que tem 300 metros e deixa a desejar para os gliders, esta atividade foi diminuindo em nossa rotina, dando vez então ao novo esporte que se tornou um hobby, o ciclismo.

Joris com seus interesses por ecologia e tecnologia, encontrou algo que satisfazia seu desejo de estar ativo e preservar a natureza. Encontrou em uma exposição na Alemanha o Velomobiel, uma bicicleta bem diferente, com 3 rodas e uma cabine, que permite pedalar sem se molhar na chuva e nos dias branquinhos de neve do inverno. Ele comprou uma e a adaptou com acessórios técnicos, como GPS, luzes, buzina... Enfim, parecia um carro, mas com funcionamento mecânico, dependendo só das nossas pernas para ganhar vida.


Foi então que começamos a fazer viagens de bicicleta. Fomos da Bélgica a Holanda, França e quase chegamos a Espanha. Como estes percursos dependem de tempo, ficamos limitados aos dias de férias e deixamos em nossos planos, terminar a viagem a Santiago de Compostela. Um dias desses ela sai.

Meu recorde foram 800 km numa semana com o velomobiel. Mas meu querido esportista Joris pedalava 75 km diários para ir ao trabalho, com isto fez 12.000 km, antes de vendê-lo tristemente quando nos mudamos para Espanha. Madrid é uma cidade que não possuí ciclovias e representava um risco para sua vida manter o hábito de ir ao trabalho de bicicleta como fazia na Bélgica.

Para não nos despedirmos de vez da prática ciclista, adquirimos um triker, que trouxemos para a Sandlândia na mudança, mas ele não foi bem recebido aqui por nossos seguranças e tivemos que enviá-lo para o Brasil.

Com minha preocupação e dor no coração, Joris pedala por nossa cidade sem ciclovias, mas somos felizes por perceber que o povo brasileiro começa a reconhecer a importância e o valor deste meio transporte. Sigo aqui acreditando que uma hora dessas as ciclovias seram implantadas por todos os lados do nosso lindo Brasil.

Joris, apesar de trabalhar com petróleo, afirma que o velomobiel, tal como as bicicletas, serão o transporte do futuro. O pretinho poderoso está com seus anos contados.

Agora que vivemos em Sandlândia, país onde a mulher tem menos ou quase nenhuma liberdade de expressão, não posso ir para a rua de bicicleta com roupa esportiva, não posso sair para dar uma corridinha no parque, a não ser que o faça com a abaya (tipo burka), que só vai me permitir uns bons tombos. Então resolvi praticar no condomínio onde moramos, onde posso andar à vontade, com roupas mais adequadas para este calor danado que sempre faz, o SUP Stand up. Trata-se de uma prancha de surf grande que te leva onde você quiser desde que tenha um pouco de força nos braços e equilíbrio. Estou adorando o novo esporte e treinando para nas férias de julho no Brasil remar com uns amigos caiçaras do canal de São Sebastião até a Ilhabela, cerca de 12 km, ida e volta. Será mais uma aventura para contar aos meus netinhos. Pelo jeito meu maridão aventureiro também, porém não tão radical, já que irá nos acompanhar nadando. Ele tem este objetivo há tempos. Vamos deixar rolar e aguardar as férias para desfrutar.

Atualmente remo na prainha do condomínio e jogo volley com os amigos de trabalho do Joris. Apesar de ser a única mulher, me sinto orgulhosa por ainda poder soltar uma paralela de vez em quando...


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10.10.11

Velomobiel




Este foi mais um dos brinquedinhos do Joris.  Meu marido, superecológico e tecnológico, resolveu comprar um velomobiel para ir trabalhar.

A cada dia pedalava 70 km e assim economizava combustível, fazia esporte e se livrava dos engarrafamentos de nossa casa até Antwerpia, onde trabalhava.

O Velomobiel é um protótipo alemão, que tem o preço de um carrinho popular. É totalmente mecânico e meu homem simples do Norte o deixou bem equipado, com luz led, GPS, buzina, enfim, ficou uma beleza, não tinha quem não o namorasse.

Joris andou 14 mil km em um ano de uso na Bélgica. Ficou muito triste quando precisou vendê-lo, por ocasião de nossa mudança para a Espanha. Seu chefe o queria em vida por lá, e temia pelo uso do velomobiel numa cidade como Madrid em que, infelizmente, ainda há poucas ciclovias e os motoristas não respeitam os ciclistas.

Mas antes de vendê-lo fizemos uma viagem pela Bélgica, Holanda e França. Juntos percorremos a metade do caminho de Santiago de Compostela, fizemos cerca de 700 km em uma semana. Foi uma viagem encantadora, apesar de muito cansativa. Temos planos para um dia terminar o caminho, de bicicleta ou caminhando. 








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1.9.11

Nova fase - Sandlândia


Em 26 de agosto de 2011, eu e Enzo, meu filho querido, seguimos rumo a Arábia Saudita, que prefiro chamar de Sandlândia. Fomos ao encontro de nosso companheiro Joris, meu amado marido.







Depois de dez anos vivendo na Europa, chegou a hora de encarar este novo desafio!
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19.6.11

Despedida com amigas em Madrid


Vivi um ano e meio em Madrid. É uma cidade bela, alegre e com muita vida cultural.

Neste tempo foram muitos acontecimentos positivos, a maioria vividos com alegria, envolvendo pessoas lindas, mas infelizmente passageiras em minha vida.

Antes de encerrar a fase madrilenha, resolvi fechar este ciclo, organizando a última festinha no nosso aconchegante terraço.



Foi mais uma festa agradável, com amigas conterrâneas, amigas vizinhas, amigas de academia e amigas de rua, enfim, foi um encontro com pessoas importantes e positivas para mim em Madrid. Faltaram algumas, mas elas já estão registradas no coração.

A festa foi regada a bublles, cavas, caipirinha, bobó de camarão e muita alegria. Fechei a fase madrilena com chave de ouro. 


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Últimas visitas em Madrid




Este três últimos dias recebi minha última visita em Madrid, o querido amigo caiçara H. e seu companheiro P. Eles vivem em Londres e são apaixonados pelo sol, então, nada melhor do que correr atrás dele. Foram dias lindos, alegres e divertidos.

Fizemos um tour pela cidade, relaxamos na piscina, comemos no terraço e até fizemos uma seresta às 4 da manhã, com direito a reclamação do vizinho. H. soltou a voz e arrasamos no violão com uma alegria pura.

Bebemos bons vinhos, comemos muitas tapas, degustamos minha paella mas, o melhor de tudo e mais essencial e brilhante foi a pitada de tempero que colocamos em nossa amizade.

Que delícia. O último dia foi um pouco mais triste, pois tive uma infecção nos olhos, mas isso não me impediu de ver o quanto eles partiram contentes.

Foi uma viagem inesquecível para nós três e deixou muitas saudades.


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24.5.11

Aniversário


O aniversário do meu filho Enzo coincidiu com sua primeira comunhão. Resolvi comemorar para não deixar passar em branco.







Convidei 10 amiguinhos para passar o dia aqui em casa. No final do dia, oite deles resolveram dormir em casa. Encomendei salgadinhos e doces. Eles curtiram muito. Ficaram totalmente à vontade pela casa. Tive que dormir no sofá e quatro dormiram na minha cama. Foi muito divertido.


Depois disso combinei com as mães para virem buscá-los e muitas não queriam ir embora da minha casa. Foi ótimo, mas ao final do dia estava exausta!
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23.5.11

Psicologia Transpessoal






É uma corrente da psicologia que considera o ser humano como um todo. Pierre Weill é um psicólogo francês que divulgou esta linha no mundo. Gosto muito dos seus livros.

Participei de um grupo de formação na Universidade Holística da Paz, no Brasil. Foram encontros em São José dos Campos com profissionais de todas as áreas: saúde, educação e ciências. Superinteressante, pois a linha transpessoal integra a ciência, a psicologia e a alma.

Acho que todo ser humano deveria vivenciar os seminários deste pensador oferecidos pela Unipaz, saímos de lá com a sensação de plenitude e harmonia com o universo.
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Flamenco com Joaquín Cortés

Foi um show maravilhoso. Além de muito "guapo" ele é muito profissional. Fui com uma vizinha muito querida.

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18.5.11

Visitantes em nosso ninho



 
 
Adoro receber amigos. Desde pequena sempre gostei de organizar algo em casa para os amigos e para minha família também, que aliás é bem adepta a este estilo, acho que puxei por aí.

Foram oito anos de Bélgica, com muitos encontros e festas, além de muitos hóspedes. Aqui em Madrid, batemos o recorde de hospedagens: foram mais de 36 pessoas em 10 meses. Ufa!

A pensão da Tia Valéria estava sempre lotada, alegre e animada. Eu sempre ocupada, mas cheia de alegria e contentamento.

Tentarei nomear e postar fotos das ilustres visitas. Principalmente para matar a saudade e alimentar meu coração quando me sentir só na Sandlândia, pois lá acredito que será mais difícil lotar a pensão. 



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28.3.11

FeijoVal



Sempre gostei de festas, adoro organizá-las, para juntar amigos e celebrar a vida. Minhas feijoadas já são famosas entre meus amigos. Em todas as cidades em que vivi, gosto de fazê-las, quase sempre são temáticas e muito divertidas, é claro!



Na Bélgica, por oito anos, organizei a FeijoVal. Sempre que voltava das férias na terrinha, no período do Carnaval, reunia os amigos para degustar nossa culinária e curtir os DVDs fresquinhos que trazia.
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No salão os maridos conversavam sobre o dia-a-dia. As mulheres, claro, a maioria brasileiras casadas com belgas, aproveitavam a oportunidade para sacudir as cadeiras, com o balanço travado pela ausência do axé, samba, MPB... Neste dia a música rolava solta e dançávamos muito.



A foto abaixo retrata também um pouquinho dos eventos culturais brasileiros que organizava na Bélgica para não me desligar das nossas tradições. Este foi um arraial, uma festa de São João organizada pelo querido amigo Wendel Ornellas, um baiano porreta e superdevoto de São João. Unidos sempre por nossa cultura, curtimos bons momentos juntos. 

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