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22.2.12
Aulas de culinaria
O fascínio pela culinária me acompanha desde meus 8 anos, quando acompanhava minha mãe na cozinha.
Minha batalhadora mama, junto com minha falecida tia, tinham uma cantina de escola. Além de ajudá-las a fazer as deliciosas guloseimas, bolos, pasteis e tortas que nutriam o lanche da molecada no intervalo da escola, eu também trabalhava na cantina. Ajudava a vender os produtos e não me lembro de ter tido na fase escolar um recreio completo. Estava sempre a servir meus colegas, professores e a criançada que nos deixava louca para comprar um pedaço de bolo de cenoura com chocolate, um farto pedaço de torta de coco, um cachorro-quente com molho de tomates fresquinhos acompanhados pelo famoso guaraná e a Fanta Uva, bebidas que refrescavam a garotada.
Deixando esta nostálgica época escolar de lado, retorno a cozinha da minha mama. Ai que cheirinho gostoso exalava! Quando ela preparava o peixe fresquinho que meu pai trazia de sua pescaria de cada dia. A sirizada carregava o ar de um odor adorável de mar e coentro que me persegue até hoje.
Já me arrisquei, aqui do outro lado daquele mundinho em que vivi felizmente com meus pais, a tentar sentir o mesmo cheiro, comprando siris do Golfo Pérsico e os refogando com muito coentro. Até que não ficou mal minha sirizada, foi bem degustado por muitos que a adoraram, mas ainda faltou aquele toque especial que só sabe dar minha querida mama Laurita.
Sempre saudadosa da nossa culinária, dos nossos condimentos e pratos típicos, por onde passo organizo e participo de aulas de culinária. Às vezes somente organizo encontros para degustação.
Procuro sempre deixar um pouquinho da nossa cultura em todo país por onde vivo. Me encanta esta troca de culturas.
Na Bélgica organizei classes num clube de culinária só para homens. Foi umas das experiências mais bizarras que tive com este tipo de evento. Em nosso país os homens não têm o hábito de ir para cozinha, embora este comportamento já esteja mudando ultimamente.
Amei ser observada com disciplina e interesse por 30 homens que não falavam meu idioma e que tinham interesse em saborear nossos pratos típicos, em aguçar o paladar para algo que nos fazia ultrapassar os clichês e ser mais do que futebol, mulheres de bundas bonitas e samba.
Neste dia, depois de começar o curso com a preparação do nosso aperitivo predileto, a caipirinha, degustaram e respeitaram o simples, mas agradável sabor da nossa culinária.
Além de vários encontros, não só com alunos homens, participei também de um livro de culinária editado na cidade em que morávamos, com uma receita de camarão na moranga, típico da região em que nasci, no litoral norte paulista.
Na Espanha, levei nossa culinária ao encontro multicultural da escola internacional do meu filho. Junto a outros brasileiros, apresentamos nossa deliciosa picanha, foi a barraca mais frequentada da festa.
Participei de um curso da cozinha tailandesa, com uma turma de amigas muito lindas e agradáveis.
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19.6.11
Despedida com amigas em Madrid
Vivi um ano e meio em Madrid. É uma cidade bela, alegre e com
muita vida cultural.
Neste tempo foram muitos acontecimentos positivos, a maioria
vividos com alegria, envolvendo pessoas lindas, mas infelizmente passageiras em
minha vida.
Antes de encerrar a fase madrilenha, resolvi fechar este ciclo,
organizando a última festinha no nosso aconchegante terraço.
Foi mais uma festa agradável, com amigas conterrâneas,
amigas vizinhas, amigas de academia e amigas de rua, enfim, foi um encontro com
pessoas importantes e positivas para mim em Madrid. Faltaram algumas, mas elas
já estão registradas no coração.
A festa foi regada a bublles, cavas, caipirinha, bobó de
camarão e muita alegria. Fechei a fase madrilena com chave de ouro.
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Vida de expatriada
Últimas visitas em Madrid
Este três últimos dias recebi minha última visita em Madrid,
o querido amigo caiçara H. e seu companheiro P. Eles vivem em Londres e
são apaixonados pelo sol, então, nada melhor do que correr atrás dele. Foram
dias lindos, alegres e divertidos.
Fizemos um tour pela cidade, relaxamos na piscina, comemos
no terraço e até fizemos uma seresta às 4 da manhã, com direito a reclamação do
vizinho. H. soltou a voz e arrasamos no violão com uma alegria pura.
Bebemos bons vinhos, comemos muitas tapas, degustamos minha
paella mas, o melhor de tudo e mais essencial e brilhante foi a pitada de
tempero que colocamos em nossa amizade.
Que delícia. O último dia foi um pouco mais triste, pois
tive uma infecção nos olhos, mas isso não me impediu de ver o quanto eles
partiram contentes.
Foi uma viagem inesquecível para nós três e deixou muitas
saudades.
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Vida de expatriada
24.5.11
Aniversário
O aniversário do meu filho Enzo coincidiu com sua primeira
comunhão. Resolvi comemorar para não deixar passar em branco.
Convidei 10
amiguinhos para passar o dia aqui em casa. No final do dia, oite deles
resolveram dormir em casa. Encomendei salgadinhos e doces. Eles curtiram muito.
Ficaram totalmente à vontade pela casa. Tive que dormir no sofá e quatro
dormiram na minha cama. Foi muito divertido.
Depois disso combinei com as mães para virem buscá-los e
muitas não queriam ir embora da minha casa. Foi ótimo, mas ao final do dia
estava exausta!
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Vida de expatriada
23.5.11
Flamenco com Joaquín Cortés
Foi um show maravilhoso. Além de muito "guapo" ele é muito profissional. Fui com uma vizinha muito querida.
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Vida de expatriada
18.5.11
Visitantes em nosso ninho
Adoro receber amigos. Desde pequena sempre gostei de
organizar algo em casa para os amigos e para minha família também, que aliás é
bem adepta a este estilo, acho que puxei por aí.
Foram oito anos de Bélgica, com muitos encontros e festas,
além de muitos hóspedes. Aqui em Madrid, batemos o recorde de hospedagens:
foram mais de 36 pessoas em 10 meses. Ufa!
A pensão da Tia Valéria estava sempre lotada, alegre e
animada. Eu sempre ocupada, mas cheia de alegria e contentamento.
Tentarei nomear e postar fotos das ilustres visitas.
Principalmente para matar a saudade e alimentar meu coração quando me sentir só
na Sandlândia, pois lá acredito que será mais difícil lotar a pensão.
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11.2.11
Coisa de pele
Caí mesmo em tentação na semana passada. Também em contradição. Depois de ter me prometido que não iria gastar com coisas fúteis este ano, acabei mordendo a língua e comprando um casaquinho de pele com couro. Casaquinho? Imagina, como se o diminutivo fosse diminuir minha culpa...
Fui às compras para encontrar roupa esportiva, mas depois me perdi nos corredores de lojas de roupas espanholas bem coloridas, diferentes das quais estava habituada a encontrar nas vitrines belgas. Me chamou atenção um casaco (tipo colete), marrom, todo fofinho, feito com pele de coelho com um cinto, também marrom, de couro. Parecia que o danado sorria para mim. Fui dar mais uma olhada nos artigos, mas antes de subir para a ala esportiva me dei conta de que nunca tinha me atraído algo assim e pensei que deveria comprar aquele colete: seria um aviso?
Com a desculpa de aproveitar as liquidações, me conscientizando que outro igual em meu país custaria o dobro, sem contar que poderia ser falsificado, resolvi me juntar ao danado, ou melhor, juntá-lo ao meu guarda-roupa mais que eclético.
Saí do shopping com 5 sacolas, embora tenha ido apenas por uma. No caminho me peguei programando o discurso que iria fazer ao querido marido, superecológico e econômico sobre meu novo casaquinho de pele.
Quer saber? Resolvi mesmo foi dar uma boa namorada, deixá-lo feliz e amado, e depois apresentei os novos pertences. Para minha felicidade, ele fez pequenos comentários, e até um certo elogio, isso me tranquilizou a mente e deixei de pensar nos coelhinhos.
Guardei o casaco, junto com a vontade de usá-lo, sabe-se lá onde, sabe-se lá quando, sabe-se lá... Talvez, depois de incorporar melhor o espírito de "perua", era assim que denominava as mulheres que usam este tipo de roupa.
Esta foi a história da minha comprinha fútil, mas agora tenho que fazer minha mala para ir visitar Istambul. Imagina o que já estou indo pegar no armário? O casaco de pele, é claro, que rodará comigo pelas ruas encantadoras de Istambul.
Aliás, parece que meu espírito ecológico resolveu ser testado esta semana. Recebi de uma amiga um presente especial: outro casaco de pele que veio de Montana, nos EUA. Esta amiga queria retribuir a gentileza porque a acolhemos num momento difícil. Não hesitou em oferecer-me algo especial: o casaco tinha sido presente de uma tia querida. Fiquei um pouco desconcertada. Agradeci muito, mas depois fiquei pensando que este bichinho, ou melhor, que os bichinhos precisarão esperar um tempo para desfilarem comigo por aí. Os termômetros da Sandlândia não me permitirão tal exagero.
Fui salva pelo gongo!
Fui às compras para encontrar roupa esportiva, mas depois me perdi nos corredores de lojas de roupas espanholas bem coloridas, diferentes das quais estava habituada a encontrar nas vitrines belgas. Me chamou atenção um casaco (tipo colete), marrom, todo fofinho, feito com pele de coelho com um cinto, também marrom, de couro. Parecia que o danado sorria para mim. Fui dar mais uma olhada nos artigos, mas antes de subir para a ala esportiva me dei conta de que nunca tinha me atraído algo assim e pensei que deveria comprar aquele colete: seria um aviso?
Com a desculpa de aproveitar as liquidações, me conscientizando que outro igual em meu país custaria o dobro, sem contar que poderia ser falsificado, resolvi me juntar ao danado, ou melhor, juntá-lo ao meu guarda-roupa mais que eclético.
Saí do shopping com 5 sacolas, embora tenha ido apenas por uma. No caminho me peguei programando o discurso que iria fazer ao querido marido, superecológico e econômico sobre meu novo casaquinho de pele.
Quer saber? Resolvi mesmo foi dar uma boa namorada, deixá-lo feliz e amado, e depois apresentei os novos pertences. Para minha felicidade, ele fez pequenos comentários, e até um certo elogio, isso me tranquilizou a mente e deixei de pensar nos coelhinhos.
Guardei o casaco, junto com a vontade de usá-lo, sabe-se lá onde, sabe-se lá quando, sabe-se lá... Talvez, depois de incorporar melhor o espírito de "perua", era assim que denominava as mulheres que usam este tipo de roupa.
Esta foi a história da minha comprinha fútil, mas agora tenho que fazer minha mala para ir visitar Istambul. Imagina o que já estou indo pegar no armário? O casaco de pele, é claro, que rodará comigo pelas ruas encantadoras de Istambul.
Aliás, parece que meu espírito ecológico resolveu ser testado esta semana. Recebi de uma amiga um presente especial: outro casaco de pele que veio de Montana, nos EUA. Esta amiga queria retribuir a gentileza porque a acolhemos num momento difícil. Não hesitou em oferecer-me algo especial: o casaco tinha sido presente de uma tia querida. Fiquei um pouco desconcertada. Agradeci muito, mas depois fiquei pensando que este bichinho, ou melhor, que os bichinhos precisarão esperar um tempo para desfilarem comigo por aí. Os termômetros da Sandlândia não me permitirão tal exagero.
Fui salva pelo gongo!
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