14.4.10
Dias infinitos
Esta é minha irmã de alma, a querida amiga Denise Marici
Oltramari Tasca. Quando a conheci, ainda não tinha adquirido o sobrenome Tasca.
Era uma mocinha meiga, com olhar de quem tinha o mundo a conquistar, e o
conquistou.
Denise é uma daquelas parceiras que gostaria ter ao meu lado
ao menos uma vez ao dia. Que delícia é poder escutar seus comentários, suas sábias
palavras, suas histórias e seus sonhos.
Ela veio do sul do Brasil para São Paulo, com o sonho de
tornar-se doutora em direito. Nesta época nos conhecemos. Deu duro, ralou, dividiu
ovo frito comigo, morou em pensionato, sentiu a ausência da família, conquistou
corações, mas se apaixonou mesmo pela meta de “vencer na vida”.
Com muita luta conclui a universidade e retornou a seu ninho
no Paraná. Deixou, e ainda deixa, saudades. Reconquistou seu espaço, tornou-se
mãe e profossional, mas nunca deixou de ser amiga.
Reencontrei esta amada amiga apenas uma vez, depois de nosso
período universitário. Ela me visitou com sua linda irmã em São Sebastião. Nosso
grande e especial reencontro foi na França em 2009, quando pela primeira vez ela
me deu o prazer de ser sua companheira de viagem pela Europa. Nossa viagem foi
só alegria. França, Holanda, Bélgica e Suécia foram pequenas para nossa grande
sede de viver e explorar outras culturas. Até no dia mais triste encontrávamos
motivos para rir
São tantas experiencias ricas e agradáveis que vivemos
juntas, que um dia voltarei aqui para contá-las. Que saudades amiga. Sua
energia e sinceridade me fazem evoluir em todos os sentidos. Você é, e será
sempre, minha irmãzinha querida e esperada.
Apareça quando quiser, já sonho com nossas aventuras...
No blog da amiga Denise, há várias fotos e histórias da sua
visita a minha casa em 2009.
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10.2.10
Normandia & Bretanha
Em 2003 me casei e nossa lua de mel foi na costa norte francesa. É uma região muito bonita e conheci várias cidades próximas.
Em Mont Saint-Michel realizamos nosso casamento espiritual. A luz divina nos abençoou e invadiu nossos corações pelos vitrais da capela do monastério. Jamais esquecerei aquela luz, é a luz que ilumina nosso relacionamento desde o início. Já conhecíamos as diferenças e as dificuldades que geram os conflitos entre as culturas, mas estas diferenças lapidadas com amor e iluminadas pela bênção do Senhor, se transformam numa abençoada e divina união de amor.
7.2.10
Trabalho no Hospital Psiquiátrico Caritas
Entre 2004 e 2007 trabalhei voluntariamente no Hospital Psiquiátrico da Caritas belga com pacientes sem recuperação. Eram trabalhos com arteterapia, principalmente com pintura.
Era a única estrangeira trabalhando no hospital, já que eram muito rigorosos na escolha dos profissionais que atuavam. Este aspecto me deixava feliz e orgulhosa por poder ajudar.
O trabalho era voluntário, mas recebia ajuda de custo. Trabalhei durante 3 anos e recebi uma proposta de contratação como auxiliar do departamento de psicologia. Quando isto aconteceu, eu já estava dominando o idioma Holandês, mas infelizmente estava mudando de cidade. Mudamos de Melle para Temse, perto de Antuérpia, onde Joris trabalhava. Isso facilitou o seu dia a dia, pois normalmente ele ficava horas em engarrafamentos na estrada para chegar ao trabalho.
Como sou festeira, organizei uma festa brasileira beneficente no salão de festas do hospital, que era gigantesco.
Os convidados eram funcionários do hospital e alguns amigos meus, pois comemorei neste dia também os meus quarenta anos.
Foi uma festa maravilhosa, mais ainda porque arrecadamos um dinheirinho para uma instituição da minha terra natal que trabalha com crianças carentes.
Pela deficiência psicomotora, limitei me a ensina las algo simples, mas que refletisse algo que lhes refletiam um bem estar.
As flores, estão sempre presentes
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1.2.10
Tempse
Foi uma experiência positiva viver na cidade de Temse, próxima a Antuérpia, onde meu marido trabalhava em 2004.
Temse é uma cidade à beira do rio Schelde, muito tranquila, mas com muito caráter.
Vários eventos culturais, valorização de cada paisagem de seu povo que ama a bicicleta e deslizam todos os dias com sol ou neve nas divinas ciclovias. Temse esconde “boederes”, fazendinhas autênticas e charmosas, que sempre apresentam um cantinho para a venda de produtos fresquinhos e deliciosos.
Próximo a nossa casa adorava comprar abóboras, aspargos, leite fresquinho e doces caseiros que faziam meus homens se deliciarem num simples dia cinzento flamenco.
Apesar de ter encontrado em Temse pessoas muito simpáticas, pude observar o comportamento um tanto mais reservado dos habitantes. Como em outros lugares em que vive, sempre organizo um drink para dar a mim mesma as boas-vindas, para curtir nosso novo lar. Convidei os novos vizinhos a uma caipirinha e um bate-papo. Eles, muito educados aceitaram o convite, interagiram de forma gostosa em nossa tarde de domingo e bebericaram com gosto a caipirinha. Durante este encontro confessaram que estavam contentes por uma sul-americana ser a mais nova moradora da rua e que com sua maneira descontraída aproximou os vizinhos que se conheciam apenas de vista há algumas décadas e nunca tinham dividido uma tarde juntos.
Impossível para uma brasileira como eu, que necessita do calor humano, viver sem a companhia das pessoas.
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7.6.02
Vinhos brasileiros
Participei de uma feira internacional de vinhos em Bruxelas, a Mega Vino, num stand de vinhos brasileiros, junto com a amiga Andreia Martins, representante dos vinhos brasileiros Salton na Bélgica.
Foi maravilhoso conhecer e degustar vinhos do mundo inteiro e valorizar ainda mais nosso produto brasileiro, que já recebe muitos prêmios internacionais por sua qualidade.
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Gent: aulas culinárias
Fiz um trabalho voluntário para a prefeitura de Gent, como parte de um programa de atividades culturais que consistia em apresentar a culinária de diversos países estrangeiros para os belgas. Divulgação da culinária brasileira. Minha receita foi uma feijoada.
Reunia as vizinhas, as colegas do curso de idioma, e passávamos horas agradáveis cozinhando e saboreando as delicias da culinária brasileira.
Encontrei uma amiga brasileira, Andreia Soares, que topou pela primeira vez me assessorar. Foi sucesso garantido, as carinhas das belgas demonstravam plena satisfação e interesse em conhecer mais.
Meus cursos começaram a ser conhecidos, recebi um convite para dar
aulas num clube de gourmet masculino. Na Bélgica os homens adoram cozinhar.
Apresentei a eles uma receita típica de minha cidade. O camarão na moranga é um delicioso prato
que degustamos nos dias de festas no litoral norte de São Paulo.
Iniciei a classe ensinando aos chefes a preparar nossa deliciosa caipirinha. Sim, a maioria deles são chefes que participam de cursos na França. Eles se encantaram com a oportunidade de conhecer um pouco da culinária brasileira demonstrada por uma expatriada na Bélgica.
Apresentei alguns dvds de shows brasileiros, como Daniela Mercury, Ivete Sangalo e de Bossa Nova.
Embalados na caipirinha e no nosso axé, debaixo da neve que caía lá fora, eles puderam sentir um pouquinho do calor humano brasileiro. Adoraram, é claro, e agendaram outros cursos.
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