28.3.11
FeijoVal
Sempre gostei de festas, adoro organizá-las, para juntar
amigos e celebrar a vida. Minhas feijoadas já são famosas entre meus amigos. Em
todas as cidades em que vivi, gosto de fazê-las, quase sempre são temáticas e
muito divertidas, é claro!
Na Bélgica, por oito anos, organizei a FeijoVal. Sempre que
voltava das férias na terrinha, no período do Carnaval, reunia os amigos para
degustar nossa culinária e curtir os DVDs fresquinhos que trazia.
.
No salão os maridos conversavam sobre o dia-a-dia. As
mulheres, claro, a maioria brasileiras casadas com belgas, aproveitavam a
oportunidade para sacudir as cadeiras, com o balanço travado pela ausência do
axé, samba, MPB... Neste dia a música rolava solta e dançávamos muito.
A foto abaixo retrata também um pouquinho dos eventos
culturais brasileiros que organizava na Bélgica para não me desligar das nossas
tradições. Este foi um arraial, uma festa de São João organizada pelo querido
amigo Wendel Ornellas, um baiano porreta e superdevoto de São João. Unidos
sempre por nossa cultura, curtimos bons momentos juntos.
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22.2.11
Ensaios
Sentei para escrever com uma ansiedade de acabar, ou ao menos tentar realizar, algumas das tarefas que minha querida orientadora solicitou.
Não quero ficar de lero-lero. Preciso estar convicta de que faço o máximo para ter uma boa disciplina nesta nova etapa, mas a verdade é que em pleno movimento de idas e vindas, das viagens com o marido, dos retornos aos deveres do lar, do empenho para acompanhar melhor o filho e de tantas outras tarefas do curso de inglês, acabei atrasando minhas solicitadas tarefas de escrita.
Pois bem, concluí parte dos meus deveres num caderninho de anotações, mas minha esgarranchada caligrafia dificulta a compreensão. Agora me resta passar a noite adentro teclando e expressando minha experiência e aventuras em Istambul.
Há tantas outras coisas que desejo ainda relatar. Tenho vários episódios interessantes na cabeça, de passagens que gostaria de contar com mais detalhes.
Árduo será o trabalho de separá-las e de apresentá-las sem minhas confusões mentais...
Opa! Espera aí... Não quero censuras. Vou relaxar, deixar fluir, liberar a mente, a energia e o desejo de dividir com outros estas passagens tão gostosas da minha vida.
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Vida de expatriada
21.2.11
20.2.11
Paris
Vivendo na Bélgica, a apenas 5 horas de carro ate Paris,
tive o prazer de visitar minha cidade favorita uma dezena de vezes.
A última vez que a visitei foi antes de mudar de continente. Foi uma visita um
tanto quanto formal, para tratar do futuro da família, mas como sempre, tirei
proveito de cada minutinho. Aproveitei cada bulevar e cada vinhozinho que
degustei naquele coração metropolitano.
Fiz um curso em Paris sobre como viver em Sandlândia. Aprendi muitas coisas sobre o lugar onde vou morar. É um lugar protegido e com muita segurança. Para sair da vila vou ter que usar uma roupa especial chamada Abaya. Esta roupa nos ajuda a disfarçar nossas diferenças, para que pareça que somos de lá.
Vamos morar perto de uma cidade que é mais liberal. Há uma ponte de 25 km que separa esta ilha do continente. Planejamos viajar por perto para conhecer outras cidades.
O curso foi todo em francês, fiquei com dor de cabeça de tanto pensar em francês, mas entendi muitas coisas que serão necessárias para viver em harmonia no país em que predominam os sunitas, representados por 90% dos muçulmanos. Na vila teremos toda comodidade: academias de ginástica, piscinas, praia particular, shopping, etc.
Voltei bem mais aliviada sobre como será minha vida em Sandlândia.
Fiz um curso em Paris sobre como viver em Sandlândia. Aprendi muitas coisas sobre o lugar onde vou morar. É um lugar protegido e com muita segurança. Para sair da vila vou ter que usar uma roupa especial chamada Abaya. Esta roupa nos ajuda a disfarçar nossas diferenças, para que pareça que somos de lá.
Vamos morar perto de uma cidade que é mais liberal. Há uma ponte de 25 km que separa esta ilha do continente. Planejamos viajar por perto para conhecer outras cidades.
O curso foi todo em francês, fiquei com dor de cabeça de tanto pensar em francês, mas entendi muitas coisas que serão necessárias para viver em harmonia no país em que predominam os sunitas, representados por 90% dos muçulmanos. Na vila teremos toda comodidade: academias de ginástica, piscinas, praia particular, shopping, etc.
Voltei bem mais aliviada sobre como será minha vida em Sandlândia.
11.2.11
Coisa de pele
Caí mesmo em tentação na semana passada. Também em contradição. Depois de ter me prometido que não iria gastar com coisas fúteis este ano, acabei mordendo a língua e comprando um casaquinho de pele com couro. Casaquinho? Imagina, como se o diminutivo fosse diminuir minha culpa...
Fui às compras para encontrar roupa esportiva, mas depois me perdi nos corredores de lojas de roupas espanholas bem coloridas, diferentes das quais estava habituada a encontrar nas vitrines belgas. Me chamou atenção um casaco (tipo colete), marrom, todo fofinho, feito com pele de coelho com um cinto, também marrom, de couro. Parecia que o danado sorria para mim. Fui dar mais uma olhada nos artigos, mas antes de subir para a ala esportiva me dei conta de que nunca tinha me atraído algo assim e pensei que deveria comprar aquele colete: seria um aviso?
Com a desculpa de aproveitar as liquidações, me conscientizando que outro igual em meu país custaria o dobro, sem contar que poderia ser falsificado, resolvi me juntar ao danado, ou melhor, juntá-lo ao meu guarda-roupa mais que eclético.
Saí do shopping com 5 sacolas, embora tenha ido apenas por uma. No caminho me peguei programando o discurso que iria fazer ao querido marido, superecológico e econômico sobre meu novo casaquinho de pele.
Quer saber? Resolvi mesmo foi dar uma boa namorada, deixá-lo feliz e amado, e depois apresentei os novos pertences. Para minha felicidade, ele fez pequenos comentários, e até um certo elogio, isso me tranquilizou a mente e deixei de pensar nos coelhinhos.
Guardei o casaco, junto com a vontade de usá-lo, sabe-se lá onde, sabe-se lá quando, sabe-se lá... Talvez, depois de incorporar melhor o espírito de "perua", era assim que denominava as mulheres que usam este tipo de roupa.
Esta foi a história da minha comprinha fútil, mas agora tenho que fazer minha mala para ir visitar Istambul. Imagina o que já estou indo pegar no armário? O casaco de pele, é claro, que rodará comigo pelas ruas encantadoras de Istambul.
Aliás, parece que meu espírito ecológico resolveu ser testado esta semana. Recebi de uma amiga um presente especial: outro casaco de pele que veio de Montana, nos EUA. Esta amiga queria retribuir a gentileza porque a acolhemos num momento difícil. Não hesitou em oferecer-me algo especial: o casaco tinha sido presente de uma tia querida. Fiquei um pouco desconcertada. Agradeci muito, mas depois fiquei pensando que este bichinho, ou melhor, que os bichinhos precisarão esperar um tempo para desfilarem comigo por aí. Os termômetros da Sandlândia não me permitirão tal exagero.
Fui salva pelo gongo!
Fui às compras para encontrar roupa esportiva, mas depois me perdi nos corredores de lojas de roupas espanholas bem coloridas, diferentes das quais estava habituada a encontrar nas vitrines belgas. Me chamou atenção um casaco (tipo colete), marrom, todo fofinho, feito com pele de coelho com um cinto, também marrom, de couro. Parecia que o danado sorria para mim. Fui dar mais uma olhada nos artigos, mas antes de subir para a ala esportiva me dei conta de que nunca tinha me atraído algo assim e pensei que deveria comprar aquele colete: seria um aviso?
Com a desculpa de aproveitar as liquidações, me conscientizando que outro igual em meu país custaria o dobro, sem contar que poderia ser falsificado, resolvi me juntar ao danado, ou melhor, juntá-lo ao meu guarda-roupa mais que eclético.
Saí do shopping com 5 sacolas, embora tenha ido apenas por uma. No caminho me peguei programando o discurso que iria fazer ao querido marido, superecológico e econômico sobre meu novo casaquinho de pele.
Quer saber? Resolvi mesmo foi dar uma boa namorada, deixá-lo feliz e amado, e depois apresentei os novos pertences. Para minha felicidade, ele fez pequenos comentários, e até um certo elogio, isso me tranquilizou a mente e deixei de pensar nos coelhinhos.
Guardei o casaco, junto com a vontade de usá-lo, sabe-se lá onde, sabe-se lá quando, sabe-se lá... Talvez, depois de incorporar melhor o espírito de "perua", era assim que denominava as mulheres que usam este tipo de roupa.
Esta foi a história da minha comprinha fútil, mas agora tenho que fazer minha mala para ir visitar Istambul. Imagina o que já estou indo pegar no armário? O casaco de pele, é claro, que rodará comigo pelas ruas encantadoras de Istambul.
Aliás, parece que meu espírito ecológico resolveu ser testado esta semana. Recebi de uma amiga um presente especial: outro casaco de pele que veio de Montana, nos EUA. Esta amiga queria retribuir a gentileza porque a acolhemos num momento difícil. Não hesitou em oferecer-me algo especial: o casaco tinha sido presente de uma tia querida. Fiquei um pouco desconcertada. Agradeci muito, mas depois fiquei pensando que este bichinho, ou melhor, que os bichinhos precisarão esperar um tempo para desfilarem comigo por aí. Os termômetros da Sandlândia não me permitirão tal exagero.
Fui salva pelo gongo!
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18.5.10
Festas beneficentes
Adoro festas e também gosto muito de organizá-las. Muitos amigos me dizem que deveria fazê-las de forma profissional. Sim, poderia ser, quem sabe um dia…
Como já contei em outro post, em 2006 organizei uma festa beneficente para mais de 300 pessoas no hospital psiquiátrico em que trabalhava na Bélgica. O tema era “brasileiros na Bélgica”. O dinheiro arrecadado foi doado para uma instituição de São Sebastião, minha cidade natal, em São Paulo.
Neste dia também comemorei meus 40 anos. Foi uma linda festa, com direito a caipirinha, salgadinhos típicos do Brasil, camarão na moranga e um espetáculo com mulatas e música brasileira. Foi um sucesso e se podia ver a alegria nas carinhas e nos pés dos belgas que ensaiavam com as mulatas alguns passos de samba.
Realmente nossa cultura é muito bem-vinda para os europeus.
Podemos aprender muito com eles, mas também podemos transmitir muito sobre nossas riquezas culturais.
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Memórias,
Vida de expatriada
14.4.10
Dias infinitos
Esta é minha irmã de alma, a querida amiga Denise Marici
Oltramari Tasca. Quando a conheci, ainda não tinha adquirido o sobrenome Tasca.
Era uma mocinha meiga, com olhar de quem tinha o mundo a conquistar, e o
conquistou.
Denise é uma daquelas parceiras que gostaria ter ao meu lado
ao menos uma vez ao dia. Que delícia é poder escutar seus comentários, suas sábias
palavras, suas histórias e seus sonhos.
Ela veio do sul do Brasil para São Paulo, com o sonho de
tornar-se doutora em direito. Nesta época nos conhecemos. Deu duro, ralou, dividiu
ovo frito comigo, morou em pensionato, sentiu a ausência da família, conquistou
corações, mas se apaixonou mesmo pela meta de “vencer na vida”.
Com muita luta conclui a universidade e retornou a seu ninho
no Paraná. Deixou, e ainda deixa, saudades. Reconquistou seu espaço, tornou-se
mãe e profossional, mas nunca deixou de ser amiga.
Reencontrei esta amada amiga apenas uma vez, depois de nosso
período universitário. Ela me visitou com sua linda irmã em São Sebastião. Nosso
grande e especial reencontro foi na França em 2009, quando pela primeira vez ela
me deu o prazer de ser sua companheira de viagem pela Europa. Nossa viagem foi
só alegria. França, Holanda, Bélgica e Suécia foram pequenas para nossa grande
sede de viver e explorar outras culturas. Até no dia mais triste encontrávamos
motivos para rir
São tantas experiencias ricas e agradáveis que vivemos
juntas, que um dia voltarei aqui para contá-las. Que saudades amiga. Sua
energia e sinceridade me fazem evoluir em todos os sentidos. Você é, e será
sempre, minha irmãzinha querida e esperada.
Apareça quando quiser, já sonho com nossas aventuras...
No blog da amiga Denise, há várias fotos e histórias da sua
visita a minha casa em 2009.
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10.2.10
Normandia & Bretanha
Em 2003 me casei e nossa lua de mel foi na costa norte francesa. É uma região muito bonita e conheci várias cidades próximas.
Em Mont Saint-Michel realizamos nosso casamento espiritual. A luz divina nos abençoou e invadiu nossos corações pelos vitrais da capela do monastério. Jamais esquecerei aquela luz, é a luz que ilumina nosso relacionamento desde o início. Já conhecíamos as diferenças e as dificuldades que geram os conflitos entre as culturas, mas estas diferenças lapidadas com amor e iluminadas pela bênção do Senhor, se transformam numa abençoada e divina união de amor.
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